A Deriva
A deriva segue minha percepção
Ombros fechados, olhos rasteirosPerdido no principio destes conceitos
Onde na minha fidelidade, fraquejo
Não estou aqui, nem mesmo em meus desejos
Sou uma sombra da insatisfaçãoQue nesta luz não permite inclusão
Vivo a deriva, sem porto, sem identificação
Nenhum aprendizado enche meu pote
Nenhum passatempo me acolhe em seu tempoNenhum ouvido tem respostas as minhas suplicas
E soa a justiça tão injusta, que vago, sem justificativa
A deriva segue meus olhos, em noite enluarada
Buscando nas estrelas, um traço, um resumoDesta maldade, mal fadada
De humanidade estampada
Sigo perdido no horizonte azul, deste paraíso glorioso
Habitado de bestas feras, que audaciosamente, proclamam
ordem e razãoSigo enlameado nesta terra putrefata, de leis vertiginosas
Que embebedam sua prole, com fabulas e lorotas
A deriva, até o fim dos dias
Destes dias longos, de uma juventude esquecidaUm tempo sem sentido, ou, sentido tempo
Que compreendo, sem justificativa
Luciano Andrade PATCHANNS






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