Cegueira da Visão
Receio não falar das flores
Que tomado pelo rancor, tem no sentimento a injustiçaReceio não falar do amor
Que sobtensão de frentes terroristas, tem no medo, sua premissa
Receio não recitar ao luar
Onde as sombras que nos resgatam, está a espreita de nos apanhar
Mas não me calarei moribundo, nos becos deste mundo
Onde tende o homem a fraquejarDarei meu brado profundo, de alma reluzente a vista do nascente
Onde me possam ver tão contente, e seus corações acalentar
Não cairei nas pedras do monte, que por vezes terei de
escalar
Não chorarei meus mortos, para minhas fraquezas não
revelarNão tombarei na fronte, para que meus amigos não entreguem seu ganzar
Mas serei enquanto homem, palavras desnudas ao luar
Que discerne pensamentos e embalam casais
Que fomenta desejos, primaveras floraisQue abraça a solidão, em madrugadas infernais
Que ostenta o sorriso, nos pobres coitados, filhos sociais
Não me encanta ser a Política
E de ditos desonrosos não me precipitareiNão cairei na celebridade
E de profeta não me fartarei
Serei apenas o Poeta na escadaria
Recitando meus versos a reveliaCantando musicas de protesto na violinha
Observando o movimento manifesto deste tempo
Que ao mesmo tempo, que nos da mais tempo
Tira-nos a rotina do passatempo
E vejo olhos corrediços, fuga de pensamentos
E o que antes fora discutido, agora é só mais um ditoQue se perde no afoito complemento
E quem vem de passo calmo, olha para mim aturdido
Presta atenção por um instante em meus poemas espremidos
E com um sorriso de quem se encanta com o saudosismo
Joga-me uma moeda
O pagamento pelo compromisso
Luciano Andrade PATCHANNS

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