Translate

quarta-feira, 25 de junho de 2014


Carta aos Moribundos

 
Minha existência anseia por relevância, dado a sua sabedoria, parte de mim está com o todo, e a outra parte, são composições do que sou.
               A força Universal que nos move, é presente em cada ser vivo, fazendo-nos parte de uma complexa rede neural, que chamamos de Deus.

               Cada ser existente, seja biológico, vegetal, mineral ou aquoso, estão ligados pela mesma força, a força que deu origem ao Universo, a luz que emanou de si mesma e cataclismou a existência, o vácuo do qual vivemos e morremos e emergimos para uma nova existência.
               Não existe a morte definitiva, a força se move e transforma-se, pois é parte do todo, e como o todo, ela emerge para novas experiências.

               O que nos define, é a parte que somos, Yin-Yang, você pode ser a benevolência, concluída com sua personalidade, ou pode ser o mal, do mesmo modo. O individuo manifesta-se por sua própria composição, sendo sua essência, a parte do todo existencial.

               Somos todos Deuses, partes de Deus, todo ser existente, assim nos ensina as Escrituras - Sagradas - antigas. O Paraíso ou o Inferno é a consequência de cada um, a escolha por seu próprio caminho e conduta, o levara a viver o que a ti for destinado.

               A simplicidade e a Harmonia compõem o todo, o caos que contagia o vácuo Universal é exemplo da pacificidade e da violência que completa a existência, assim é em todo o âmbito existencial, em todos os Mundos e Galáxias espalhados pelo Universo, Yin-Yang, fundição do bem e do mal, vindo do mesmo lugar, dando ao individuo a escolha do que ser, e a oportunidade de se refazer, se reinventar.

               Não é uma virtude, e sim uma escolha. O Caráter é o espelho da incredulidade, que remete o individuo a sua conduta, acreditar ou não, ter medo ou não, importar-se ou não.
               O que se segue é o resultado da ação, não haverá flor que desabroche na escuridão e nem penumbra que se esconda na luz, o que te tornais, será o que atraiu para si.
               Mas a força desmembrada, interligada a Deus, ainda habitará o individuo, mesmo sendo ele a escuridão ainda assim terá consigo a luz, busca-lá ou não, é a escolha que fareis.

               

               Luciano Andrade PATCHANNS

sexta-feira, 20 de junho de 2014


Lagrimas de Orvalho

Visto-me de Carvalho, para sorrir ao teu lado
E lagrimas de orvalho, para pesar seus comentários
Você não terá sonhos que lhe farão sentir melhor
Nem o topo do mundo lhe dará o que deseja

Essa disputa incessante, por uma vitória que lhe de garantias
É só o prenuncio da derrota, que por você, jamais será tardia
Você não abre a cabeça, nem os olhos, para o teu mundo
Vive a procurar, o que já encontrou, mas não pode suportar

São as arestas de sua prole que te sufocam
A angustia de não ser mais que uma manhã
Te enlouquece esta teimosia
E de opinião própria, não viveras nem mesmo um dia

E não te vejo mais com meus olhos de tolerância
Mas sim de pena, que guardo agora por sua ignorância
E seus dias de andante, não te levarão a lugar algum
Pois não estas consigo mesmo, e nem consigo, conseguira fluir

Visto-me de Carvalho, para sorrir ao teu lado
E choro as lagrimas de orvalho, que por você eu pesei
Teus sonhos serão pesadelos
Quando aqui, não encontrar a que veio

Luciano Andrade PATCHANNS

terça-feira, 17 de junho de 2014

Verdade Minha

Verdade Minha...

Não sublinho mais linhas escritas
De verdades não ditas
As leio, e guardo no intimo
...

Não anseio mais elevar
O candeeiro aceso, inerente
Preferindo ocultar
Debaixo de meu leito
Onde assassino o desejo
De gritar-te aos ouvidos

¹Profugando do afronte
Que eu, como sabido
Deveria, ao pico do monte
Elevar-te, no espírito

Mas tomei-me da questão
Do que é a verdade
E o que é a verdade
Serei mesmo eu
O prepotente senhor da verdade

Ou embestado de ironia
Tomei por verdade minha
Vertigens, que minha mente produzia
Criando uma loucura
Que me acaricia

Fazendo do meu mundo
Um lugar mais imundo
Que condeno, por toda a via
De ser maltrapilho e rabugento
Por ser ele, meu espelho
Da própria imagem que condeno

Luciano Andrade PATCHANNS

¹Profugando – derivado do latim – prófugos –fuga, fugitivo...



1560601_257258877771859_854445760_n

segunda-feira, 9 de junho de 2014


O Grito


São estes gritos que me emudecem
Tempo perdido, dias sofridos
Causas sem causas
Palavras ao chão, pisoteadas, em vão...

É alto e claro, essa depressão
Tão limpo, como um dia de verão
Engulo essa merda toda hora
E por mais que eu corra, estou sempre na contramão

E meu grito que não sai, fica preso, me sufoca
Faz de mim um coelho na toca
E não há mais lugar para mim
Nem alegria que me condecore

Meu sorriso cansado funciona como um gargalo
E não tenho forças para fugir
Nem para argumentar
Se não me fizer o carrasco, e essa droga, degolar

São estes gritos que me emudecem
Essa voz que me empobrece
E nem mesmo a morte me presenteia
No silencio de minha prece

Luciano Andrade PATCHANNS