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quinta-feira, 8 de maio de 2014


Maluco que sou...

Sou maluco de consciência...
Nada me acrescentou a papoula
O ouro Colombiano
Nem da Tailândia, a bela flor

Não me corrompem estes combos de Cinema
Nem porcionados de liquidificador
Trago a carranca dos anos
Meu semblante e minha dor

Sou restos do passado
Partes do futuro
De um tempo, de ligações extremas
Onde não bastava ser impuro

Eu vim de conselhos sábios
Ouvidos aguçados
Olhos atentos
Experiências furtivas

Não havia ninguém em meu espelho
Por virtude
Juntei cacos
De sonhos e pesadelos

Sou maluco de consciência
Não um rosto na fila do provador
Não cai na jaula do conscientizado
Nem em sua lábia de doutor

Tenho memórias de guerra
Paz e Amor...
Visões de uma era, onde tudo é terror
E o que eu sou, esta num chip de computador

Sou maluco de consciência
Não preciso dessa indulgência
Não me tiram para dança
E não entro nessa moda de ser ovelha, ou pastor

Vejo uma humanidade fragilizada
Expondo suas entranhas
Fracos socializados de amigos virtuais
Bêbados felizes, Ignorantes culturais

E o que me sustenta nestes dias
Não é mais a papoula, o ouro, ou mesmo a bela flor
É ser maluco de consciência
Colorido, em tempos de uma só cor

Luciano Andrade PATCHANNS

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