Olho Negro
Custa-me ser o avesso
Essa sombra que acaricia as trevasEste lado que repele a luz
Repousando no limbo da virtude
Sentencia-me este olho negro
Que enxerga desfechosTraz a tona segredos
Vestes sombrias, ocultas no espelho
Traduz-me!
Diga-me quem eu sou!Acolha-me na luz, para fugir de seus segredos
Desviar de teus passos, considerar seus defeitos
Diga-me, porque me destes as trevas da clarividência!
Essa libra que não pende para lada algumQue me aparta deste rebanho
Impondo-me a longa jornada, solícito e nu
Luciano Andrade PATCHANNS
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