Órfãos
Revelei-me ao mundo
Sem nada compreenderPuro de sentidos
Deveras eu, aprender
Encontrei aqui, todos sedentos
Atolados em martírioSem lados
Apostos ou opostos
Todos, meninos...
Em busca de férteis
E fecundas terrasBuscando origem no principio
¹Véritas, virgens...
Onde pudéssemos ver sentido
Na vivencia putrefata, distorcidaQue nos ofereciam
Em banquetes refinados
De progresso e declínio
Servidos ao alto custo
Do ouro ensanguentadoDa massa desvairada
Que sustenta a burguesia
E de latão, o estipêndio,
Tem no fim do dia
Decerto é assim, não entendia
De acaso, a sorteA alguns serviam
Tendo por certo
Aqueles, que dela exauria
Mas havia um Deus
Que a todos prometiamO paraíso perigoso
Que certa conduta exigia
Que os de boa sorte
Por certo não teriamPois era dado o bilhete
Aos que de fadiga viviam
O conto bem contado
A massa, reprimiaAmargando e controlando
Isoladas rebeldias
Que lutavam com a sorte
Não contando com a vida
E sedentos, murmuram
Suas ávidas precesEsperando na morte
O que lhe negaram na vida
Como órfãos meninos
AnseiamQue alguém os olhe
E por eles declinem
O amor que esperam
Receber em vida
O que somente a Deus o prometiam
¹VERITAS – verdade,
verdadeiro...

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