Meio do Nada
Sou qualquer coisa para o lado
Não tenho mesmo palavras, só uns trocados
Cheguei cedo deste lado
Ou tarde demais para espetáculoFiquei mesmo para trás, não sei, tanto faz
A questão é que não tenho ouvidos
Só sussurro zumbidos que estorvamFazem cara de entendidos, e dão o fora
Tenho vontade de ir embora
Talvez seja apenas o fracasso que me devoraSó sei cair para um lado, e este lado não me aflora
E esta solidão que se demora
Talvez seja a resposta de minha inquietudeQue me coloca deste lado, onde ninguém olha para o lado
E vou seguindo a estrada deste desassossego
Tentando não ser o silencio que agrideOu o grito que insiste, em minha causa de Morpheus
Sinto-me um tolo reprimido
Por essa grandeza espremidaQue não liberta e nem vira ferida
E o meu lado não é dentro e nem fora
Vejo tudo pela brecha, sem entrar e sem ser convidadoEscrevendo meus trocados, sem ser muito almejado
Luciano Andrade.-*PATCHANNS
www.facebook.com/PATCHANNS
Parabéns! Gostei muito do seu estilo poético!
ResponderExcluirObrigado Cléo, também gostei de seus poemas, você escreve bastante coisa, e tem talento.
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