Nem todo dia é santo
Nem todo santo é santoExiste tanta demagogia
Que não sabemos mais o que é verdade
Ou o que é verdade de mentira
A moda agora é ser artista
Santo que é artistaBandido que é artista
Político que é artista
E no fim tudo é arte
Escolhemos de que lado vamos ficar
E de que lado vamos ter penaE a pena que antes escrevia
Agora enfeita a bunda da mulata
E a prole desvairada, vai atrás com samba no pé
Elegemos quem joga migalhas aos porcos
Que a tudo comem, sendo o tudo, o pouco que tem
Mas o porco gordo, alimenta só os que já tem
E quem já tem, se alimenta das leitoazinhas
Que são servidas com perolas e conquistas
Entregamos nossa alma ao Diabo
Que usa terno, paletó, gravata e tem um bom reboladoFala bonito e tem tudo decorado
Bate no ponto marcado, que o desgraçado carrega no fardo
E tira dela a agonia, em troca de uns bons trocados
Mudados nossos conceitos
Aceitando por osmose tudo que é feioPorque são artistas eleitos
Por essa gente carente
De costumes que lhe causem efeito
Esquecemos o que é ser decente
Quando de decência ausente nos temos feitoE a prole desvairada, que ostenta o prato feito
Vai estar na avenida, desfilando a arte da demagogia
Protelando a promiscuidade, dos cultuados artistas
Nem todo dia é santo
Nem todo santo é santoNem todo bobo é bobo
Nem todo chão é lodo
E nem todo filho é Lobo

Bom tudo isso! Acho que vivemos num tempo em que tudo se mistura e se confunde, misturamos valores e egos, e às vezes esquecemos do caráter, e nos deixamos levar por coisas fúteis e sem sentido.
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