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segunda-feira, 10 de março de 2014

Chão de Lodo - autor Luciano Andrade PATCHANNS


Chão de Lodo


Nem todo dia é santo
Nem todo santo é santo
Existe tanta demagogia
Que não sabemos mais o que é verdade
Ou o que é verdade de mentira

A moda agora é ser artista
Santo que é artista
Bandido que é artista
Político que é artista
E no fim tudo é arte

Escolhemos de que lado vamos ficar
E de que lado vamos ter pena
E a pena que antes escrevia
Agora enfeita a bunda da mulata
E a prole desvairada, vai atrás com samba no pé
 
Elegemos quem joga migalhas aos porcos
Que a tudo comem, sendo o tudo, o pouco que tem
Mas o porco gordo, alimenta só os que já tem
E quem já tem, se alimenta das leitoazinhas
Que são servidas com perolas e conquistas

Entregamos nossa alma ao Diabo
Que usa terno, paletó,  gravata e tem um bom rebolado
Fala bonito e tem tudo decorado
Bate no ponto marcado, que o desgraçado carrega no fardo
E tira dela a agonia, em troca de uns bons trocados

Mudados nossos conceitos
Aceitando por osmose tudo que é feio
Porque são artistas eleitos
Por essa gente carente
De costumes que lhe causem efeito

Esquecemos o que é ser decente
Quando de decência ausente nos temos feito
E a prole desvairada, que ostenta o prato feito
Vai estar na avenida, desfilando a arte da demagogia
Protelando a promiscuidade, dos cultuados artistas

Nem todo dia é santo
Nem todo santo é santo
Nem todo bobo é bobo
Nem todo chão é lodo
E nem todo filho é Lobo
 

Luciano Andrade.-*PATCHANNS
www.facebook.com/PATCHANNS

Um comentário:

  1. Bom tudo isso! Acho que vivemos num tempo em que tudo se mistura e se confunde, misturamos valores e egos, e às vezes esquecemos do caráter, e nos deixamos levar por coisas fúteis e sem sentido.

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