Alma Entorpecente
Lugar de moribundos
Que perambulam entre os vivos
Na soberba flutuante
De quem ostenta ser vívido, inda que caducaste
Serena os olhos vazios
De gente em frangalhos
Órfãos ilhados, que clamam amor de sangue
Fitam seus desejos em cinzeiros
Fingem não esperar a esperança
No norte, não se baseiam
Preferindo o rumo dos delírios incessantes
E na sede de se encontrarem
Perdem-se, como almas no placebo
E na querência de se esconder
Expõem-se a esmo
Como fraudes sociais
Arrimos do sangue vértice
Que buscam na singularidade
O amor que não rogaram na pele
Luciano Andrade PATCHANNS

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