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segunda-feira, 22 de setembro de 2014


Do que me faço...


Se sentir esta angustia, este amor
Faz-me homem
Não tem sentido, ser a maquina que sou
Não ter sonhos, não ter sabor...

Se insossa é minha alma, então do que me faço
Se há em mim, a ausência deste calor
Quimicamente humano
Sensivelmente, um robô

Oras, do que me faço
Quando tudo é sem sabor
Não sinto seus veios
Nem choro a beira de seu pavor

Vejo tudo ao meu lado
E nem me dou por este sabor
Dou de ombros para seus males
E pelos seus créditos, não tenho louvor

Oras, do que me faço
Se não finda essa aversão
Pelo que me repele de teus sonhos
Não ter sonhos, não ter sabor...

Oras, do que me faço
Oras, porque me dou
Se sentir esta angustia, este amor
Não tem sentido, ser a maquina que sou...


Luciano Andrade PATCHANNS

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