De Cesar...
Nasci escravo, branco, preto, não existe mais a porção
Todos criados nas senzalasDa rotina desenhada que distrai o pensamento
Não deixando nenhuma brecha, para nosso fraco discernimento
Escravos das leis que não cuidamos
Que criadas, nos fraqueja o entendimentoEducados em pensamentos que não pensamos
Tendo o certo e o errado, por consentimento
Aprendemos a ter medo antes de saber escrever
Pois quando escriba, não ira se aventurar a redizerNão há vontade que desmanche
A sutil escravidão que nos engancha, em troca de fartura e lazer
E quem se embrenha em fuga
Não encontra lar na lonjuraE tem no relento, a infindável cobertura
E de Eremita maltrapilho, o trata a escravatura
Sou escravo, nem preto, nem branco, só humano
Das coisas que não escolhi para gostarDas coisas que não escolhi para aprender
Do Deus que não escolhi para rezar
Sou escravo da energia, do não ter que caminhar
Escravo da mentira, que de possuir o livre arbítrio, me
fizeram acreditarSou escravo da Rotina, que em troca, irão me alimentar
Escravo do preconceito, de que, se não for como todos irão me martirizar
Sou escravo da moeda, que me deram para ostentar
E conseguiram me convencer, que sem ela, não vou a nenhum lugar
E mesmo sabendo tudo isso, a condição que me deram para
viver
Tento às vezes me desvencilharDestruindo tudo o que tenho, despejando meu brado ao luar
E quando calmo, vejo que não há mais nenhum canto
Onde a esfinge da moeda, novamente volta a me escravizar
Luciano Andrade.-*PATCHANNS
www.facebook.com/PATCHANNS
Nenhum comentário:
Postar um comentário