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segunda-feira, 14 de abril de 2014


Caído

Sou a reação de uma ação
Resultado de uma omissão
Um estado que não é nação
Sou o outro lado do espelho
Sombra que assombra
Culpa que não encontra perdão

Sou teu filho! O caído...
Que teu nome não sepultou
Sou quem vestiu o sorriso
Engoliu o gemido
E caminhou sem destino
Na direção dos fantoches

Não havia na razão, o sofrimento
E tomei para mim o alento
De quem se vale da tormenta
E constrói-se por si mesmo...
Não havia no espelho o mesmo eu
Nem mesmo, o reflexo dos seus

E ergue-se do nome, sem sobrenome
O que foi, sem ter mesmo sido
E joga-se a cal na ferida
Que nem mesmo inflamou
Na construída lembrança
Que de bons momentos, se passou

E o que chamo de perdão
É mesmo o sentido de minha razão
É muralha construída com restos de construção
É força adquirida, na irrelevância de minha presença
E o que sou em minha sentença
É meu presente, pela sua ausência

Luciano Andrade PATCHANNS
www.facebook.com/PATCHANNS

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