Tempestade
Sentei-me à sombra de sua copa,
Plantei meus sonhos, fiz minha oca.Vi a tempestade chegando devagar,
Sussurrando segredos, o vento que me toca.
No choque das nuvens o trovão.
É só o aviso, no raio , está a verdadeiraexpressão. Traz consigo o medo, nem
por isso fraquejo, sustento meu brasão.
Da fenda te vejo, respiro fundo,
Prendo a respiração. Não é o medo,É detalhe de observação. Contudo,
Sua gloria ensejo, sendo eu, ou sendo o pleito.
Eu balizo o meu passo, entre realidade e feito.
Mas do que me faço, esta no leito. Cabe a ti,Os meus defeitos, por onde vou, ou por onde
passo, deixo rastros, sem efeitos.
Individuo ou carne, não sei direito, donde for
Que seja eleito. Na clausura eu te pergunto,Mas de respostas elucidadas tenho me feito.
És minha prisão, da causa, meu efeito.
Luciano Andrade PATCHANNS