...
Do verbo, espada,
ferido,
lancei-me aqui, sem ter
sucumbido, ao desejo
de não ter caído.
De ferrenha imposição divina,
me clama mais um dia.
Segue, segue... Almeja minha Alma,
Seja a vida.
Pede-me o trovão sonoro, que
a mim ecoa. Sejam teus os novos dias,
De minha centelha, não empenha fuga
Seja o dito percebido, tua labuta.
Não me darei a ti, nem dúvida, nem certeza,
De tua erudição, será a fé tua conduta,
Nela se fartara de mim, e o que direis de
verdade, se for de fé, não hesitareis.
Segue tua aura, no teu caminho o poreis
Duvidaras por certo, da fé, caducareis
Mas não cambaleie diante de ti, quando
de ti mesmo, duvidar.
Seja firme o teu passo, na pena, tua luta.
Seja ego o teu timbre, de volúpia, breve...
Não espreite de vida, observe...
E dita, de pena leve.
É o homem, é o homem, aquele que enaltece.
De mim, não apetece, senão, por si mesmo.
E não me venha editar caminhos, nem choro,
nem prece. Faz tua linha, te obedece...
Levarei consigo a dor que esvaeci, que a
lembrança, não seja breve. É no martírio,
que lhe rogo em prece, em repouso, só os
que me enfraquecem.
Vai, vai... Derrama a tua lagrima, duvidas de
minha honraria, blasfema tua alma. Não sereno
singularidades, és tu, o que sou. O movimento,
eu te dei, o repouso, não é teu.
Não mendigue a mim, o que não é meu
Não me venha chorar ma sorte
Nem rogar pelo teu templo colossal
Meu templo, sou eu.
Abra teus olhos, venha ver.
Olhe de novo, vem saber.
E sabendo,
Ouça.
Do verbo, Espada, ferido.
Eis me aqui, caído. Julgando o que
não me faz sentido. Sentindo-me oprimido,
pelo dito que não se faz dito.
Do verbo, Espada, ferido.
Eis me aqui, caído. De Aura pálida em prece.
É o tempo do sofrido,
Eis o tempo do sofrido...
Luciano Andrade PATCHANNS