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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015


 
 
Na natureza o que é do Homem
 

Minha quaresmeira seca, aniquilada e

 Retorcida, não floriu na estação, sem

Ser polinizada ficou oprimida, chorou

suas folhas secas pelo chão, se escondeu,

 recostou-se na solidão.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015


 
Jornada


Vociferar, silenciar, questionar uma
 explanação. Beber do vinho seco,
sentar ao chão. Mirar as estralas, ser
parte do todo, ver além do ancião.

Considerar suas fraquezas, ansiar
Pelo perdão, mentir com clareza,
Contemplar a razão. Jubilar-se do
Amor, Danar-se em flagelação.

Da premissa certeza, não ter mais
Opinião. Das incertezas, respostas,
Inda que não preencha o pote da
Satisfação.

Vagar pelo limbo, buscar origem na
era virgem, estar ausente do tempo
perdido, ver-te presente no olho
amigo.

Estar lá, ir embora, voltar...
Ver o seu reflexo, e não saber quem é.
Lembrar do passado, como quem lê
Um livro. Voltar, ir embora, estar lá...

Preencher-se da historia, contar estórias,
Ser pequeno, ser grande, ser lenda...
Enrugar-se do tempo, cortejar a lucidez.
Valer-se de um momento, morrer-te...


Luciano Andrade PATCHANNS

terça-feira, 13 de janeiro de 2015


 
...


Do verbo, espada, ferido,
lancei-me aqui, sem ter
sucumbido, ao desejo
de não ter caído.

De ferrenha imposição divina,
me clama mais um dia.
Segue, segue... Almeja minha Alma,
Seja a vida.

Pede-me o trovão sonoro, que
a mim ecoa. Sejam teus os novos dias,
De minha centelha, não empenha fuga
Seja o dito percebido, tua labuta.

Não me darei a ti, nem dúvida, nem certeza,
De tua erudição, será a fé tua conduta,
Nela se fartara de mim, e o que direis de
verdade, se for de fé, não hesitareis.

Segue tua aura, no teu caminho o poreis
Duvidaras por certo, da fé, caducareis
Mas não cambaleie diante de ti, quando
de ti mesmo, duvidar.

Seja firme o teu passo, na pena, tua luta.
Seja ego o teu timbre, de volúpia, breve...
Não espreite de vida, observe...
E dita, de pena leve.

É o homem, é o homem, aquele que enaltece.
De mim, não apetece, senão, por si mesmo.
E não me venha editar caminhos, nem choro,
nem prece. Faz tua linha, te obedece...

Levarei consigo a dor que esvaeci, que a
lembrança, não seja breve. É no martírio,
que lhe rogo em prece, em repouso, só os
que me enfraquecem.

Vai, vai... Derrama a tua lagrima, duvidas de
minha honraria, blasfema tua alma. Não sereno
singularidades, és tu, o que sou. O movimento,
eu te dei, o repouso, não é teu.

Não mendigue a mim, o que não é meu
Não me venha chorar ma sorte
Nem rogar pelo teu templo colossal
Meu templo, sou eu.

Abra teus olhos, venha ver.
Olhe de novo, vem saber.
E sabendo,
Ouça.

Do verbo, Espada, ferido.
Eis me aqui, caído. Julgando o que
não me faz sentido. Sentindo-me oprimido,
pelo dito que não  se faz dito.

Do verbo, Espada, ferido.
Eis me aqui, caído. De Aura pálida em prece.
É o tempo do sofrido,
Eis o tempo do sofrido...

Luciano Andrade PATCHANNS

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

* Para não dizer que não falei do amor-)

No fim, Amor...


Quem já amou
Já sofreu
Já sorriu
Já chorou

Tornou-se escravo
Servo
Viciado
Bastou apenas uma vez
Para nos tornarmos dependentes
Desta força
Que começa no sorriso dos olhos
E explode no coração

Amar é de origem
É canção no caminhar
É sorrir na tristeza
É viver na certeza
De que sendo amado
Nada pode mudar
Uma vida de beleza

Sonhar juntos
Rir das adversidades
Caminhar de mãos
Brigar
Fazer as pazes
Amor no chão

Amor de fazes
Que passa da paixão
Para o Romance
Do Intenso
Ao cotidiano

E então
Torna-se Amor
Que sobretudo faz valer
A amizade
O carinho
O perdão

E todas as coisas
Fúteis
Em vão
Perdem seu valor
E os dias serão
Os mesmos desde então
Como um teatro
Que se repete
A cada manhã
Em um ciclo de Fusão

Fusão das almas
Dos amantes
Que se tornam
Um só
Fundidos no pensamento
Nos corpos
No caminho a percorrer

E o amor se torna mutuo
E antes de perceber
Nos faz irmãos
Moldados pelo caminho do tempo
Que percorremos sem perceber
Que o amor
No final das contas
Tinha apenas uma missão
Nos fazer amigos
Amigos de confissão.

Luciano Andrade PATCHANNS